sábado, 12 de maio de 2012

Diplomacia no cardápio




Hoje abro o jornal e dou uma olhada de relance no que me interessa. Nada de novo descendo à cachoeira, Fala-se inclusive, na quebra da Delta Construções, o que certamente não faria falta a ninguém. Uma olhada rápida na economia, e me mando pra parte que mais gosto, a internacional. Como era previsto, Sarkozy perdeu as eleições francesas, CharlesTaylor, foi condenado pelo tribunal internacional. Me lembrei, daquela guerra cruel, tão bem descrita no filme, “Diamantes de Sangue”. Me vem à cabeça, o massacre em Ruanda, a guerra na Bósnia. 

Como sempre os personagens são os mesmos. Invadem nossos lares com suas opiniões, nem sempre compartilhadas com outros mortais. São senhores da verdade, do poder e das decisões, em que o interesse comercial sempre falará mais alto, não importando a dignidade humana. É assim, e sempre será se não fossem algumas poucas cabeças pensantes.  Certamente o mundo estaria pior. Quantas vozes denunciaram o apartheid? Quem se lembra de Steve Biko? Quem se lembra daquelas mulheres, crianças e homens mortos, pelos os sérvios, enquanto o mundo ficava calado? A ONU sabia, e além de não fazer nada, desarmou os bósnios, deixando-o a mercê da sua própria sorte.

Aí, me lembro da nossa diplomacia. Acho que depois do advento do PT ao poder, esta mudou de conceito. Antes, ser diplomata era uma coisa, hoje é bem diferente. Diplomata virou um cargo político. Como todos sabem, o Brasil quer ter poder de veto na ONU, são apenas cinco, os países que o tem, entre os quais China e Rússia, que sempre usam os seus poderes de veto, para desafiar o mundo. E o Brasil quer ter esse poder, imagina! Quando a OTAN, resolveu atacar a Líbia, o mesmo foi contra. Até parece que alguém tinha interesse de fazer uma Bunga-Bunga com o Gadafi. Depois foi aquela confusão na nossa embaixada em Honduras, acho que todos lembram. E agora, num comportamento, incompreensível, apóia o regime líbio e é contra a intervenção internacional na Síria. É cômodo e fácil, ligarmos s televisão enquanto esperamos Avenida Brasil, e ver diante dos nossos olhos, aquele desfile de atrocidades cometidas por um regime tanto tempo ilegal.

O que se faz entender, é que não existe mais espaço pra esses tiranos, cedo ou tarde, este regime vai deixar de existir, o que me incomoda é o preço a ser pago por isso. Quantos sírios ainda terão que morrer pra se livrar deste julgo? E a nossa diplomacia? Esta em cima do muro, prestando atenção de que lado vai ficar na hora que o bicho pegar. Nossa diplomacia, é favorável a política atômica do Irã, alegando  que os mesmo vão usá-lo pra fins pacíficos, aí pergunto, dá pra confiar? Todos sabem que o mesmo quer o fim de Israel, e também sabemos que Israel vai atacar o destruir todo esse complexo atômico em uma noite como já o fez antes, só que o custo agora, será de  cerca de 300.000 mortes.

Os americanos entendem melhor disso, transferiram tecnologia, pros norte-coreanos e agora tem que alimentá-los ou eles lançam uma bombinha em cima dos japoneses ou sul-coreanos. Diplomacia é coisa séria, não cargo de consolação, ou favorecimento político. Decisões diplomáticas acabaram e evitaram conflitos mundiais. Não há espaço pra aquela palhaçada em Honduras e muito menos pra ficar em cima do muro e ver pra que lado vai seguir.

Autor: Rolando da Curva

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