sábado, 26 de maio de 2012

A mídia, Xuxa e Emanuelle


O atento Sarney observa a exposição de Xuxa

Confesso que ultimamente não tenho a mínima vontade de ler jornais. É tudo tão igual e inócuo, que dar uma olhada na internet, ou até mesmo ouvir a CBN já me basta. É claro que ler é sempre bom, mas infelizmente as imbecilidades e besteiras que tenho lido atualmente são perfeitamente dispensáveis.

Dias atrás abri o jornal e li à repercussão das declarações da apresentadora Xuxa Meneghel, que revelou ter sofrido abuso sexual na infância. O estranho é que depois de tanto tempo ela resolveu contar a sua verdadeira história. Desta feita me pergunto por que o fez tão tarde? É difícil acreditar que depois de tanto tempo exposta na mídia, a rainha dos baixinhos recorra a este tipo de exposição para voltar a ser assunto. Em conversar de bar percebo que a maioria das pessoas pensa da mesma forma que eu. Aliás, quero deixar bem claro que não tenho nada contra a “rainha dos baixinhos”, mas o tempo dela já passou. Além do mais está na hora da televisão brasileira mudar seus conceitos.


Nossa televisão precisa mudar. Precisamos de mais cultura e menos imbecilidades, de mais qualidade, menos comércio e fofocas. Acho que o único interessado em saber se realmente nossa apresentadora teve realmente seus traumas e, por conta disso, não quis se casar é o seu psicólogo. Que certamente deve ser um dos mais caros do país.

A nós, reles mortais, resta começar a semana trabalhando, e torcer para que no próximo domingo não apareça mais um ídolo da TV, pedindo piedade e compaixão, justificando seus atos e dívidas do passado.

Bom, para encerrar não posso deixar de concluir que esse depoimento da Xuxa me pareceu uma grande forçada de barra. Não podemos negar que a violência sexual marca e traumatiza qualquer um, mas certamente no caso da apresentadora, precisamos dar mais seriedade no tratamento da questão. É muita calhordice tratar esse assunto com o intuito de se obter mais números na audiência, em favor de um programa chato e ultrapassado como o ‘Fantástico’.

Aliás, por falar em seriedade me lembrei de uma atriz holandesa que ficou famosa nos anos 1970, por estrelar a série de filmes eróticos ‘Emanuelle’.  As cenas marcantes eram ambientadas dentro de aviões com transas nos banheiros. Inclusive ela na época em que veio ao Brasil foi recebida pelo Congresso Nacional. Seu nome? Sylvia Kristel. Enfim, não muito diferente da nossa loira  apresentadora que já contracenou cenas eróticas com um menino de 12 anos de idade. Xuxa que já visitou diversas vezes o legislativo recebeu um turbilhão de discursos em solidariedade de nossos honoráveis tribunos sobre sua revelação.


Autor: Rolando da Curva

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