domingo, 14 de julho de 2013

O trem das mudanças



É claro que temos diferenças culturais profundas, somos um país jovem e eles possuem uma cultura milenar. Somos católicos na maioria, por enquanto, mas em um processo de transformação em uma pátria evangélica eletrônica, e eles muçulmanos.

Não me surpreendi com o golpe de estado no Egito, mas sim com a nova modalidade de golpe. Para não perderem a ajuda americana mudaram o nome, agora é algo do tipo: “intervenção militar” para mudar o rumo das coisas. Sempre achei que política e religião não se misturam, mas continua-se tentando.

O Deputado Marcos Feliciano, por exemplo, comentou que com o engavetamento do projeto da cura gay vai ser necessário aumentar a bancada evangélica para que o projeto seja revisto no próximo ano. Acho que esse sujeito ainda não entendeu porque fomos para as ruas. Primeiro, não queremos mais esses políticos que estão aí, e  depois não queremos um país espoliado e loteado. 


Não queremos mais bancadas corporativistas. Sejam: ruralista, evangélica, católica ou espírita. Queremos um país mais justo e que sua laicidade seja respeitada. Todos têm o direito de professar sua religião sem desrespeitar às outras. Queremos usufruir o que nossos impostos se destinam por lei como educação, saúde, habitação. Pagamos por isso e não temos o retorno social.

Estamos caminhando para um impasse. Antes a coisa era espontânea. Agora, partidos políticos estão pegando carona nas manifestações autênticas de um povo tão desrespeitado.Por isso, eu tenho uma sugestão: já que vamos trazer médicos do exterior poderíamos trazer também políticos da Suécia. Quem sabe assim a coisa funciona?

Para encerrar, faço uma observação. É notório que somos um país sobre rodas, dependemos de caminhões para transportar quase tudo. Desde comida a combustível. Portanto, essa paralisação dos caminhoneiros pode ter um verdadeiro efeito dominó, inclusive, com o aumento da inflação e um provável desabastecimento nas prateleiras.

Sinceramente, eu não sei qual vai ser o nosso desfecho. Golpe de estado? Nem pensar, decididamente não merecemos outro. Está passando a hora de nossos políticos, juízes, empresários, enfim todas essas classes de privilegiados pensarem se querem continuar na alienação e suntuosidade do poder vão aderir ao comboio da mudanças. Se essa classe resolver a  continuar se encastelando no poder a radicalização das ruas vai ser pior...

Por Rolando da Curva


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